Como o desígnio de aperfeiçoar a prática cientifico/profissional dos estudantes, foi proposta aos alunos do curso de graduação de Ciências Biológicas e pós-graduação em Educação e Gestão Ambiental da FCJP, uma vista técnica à Gruta do Maquiné e ao Museu Guimarães Rosa no município de Cordisburgo (cordis – coração; Burgo – cidade), no último dia 18 de junho de 2016. A visita foi orientada pelos Professores Ma. Daniela Cristina Silva Borges, Ma. Mariana Landin, Esp. José Valdo e Me. Saulo Gonçalves, que são Biólogos e professores da instituição.

A Gruta do Maquiné foi descoberta em 1825 pelo fazendeiro Joaquim Maria Maquiné, e posteriormente explorada cientificamente pelo naturalista dinamarquês Dr. Peter Wilhelm Lund, em 1834. O naturalista pesquisou a caverna durante quase dois anos. Em sua pesquisa sobre a paleontologia brasileira, Dr. Lund descobriu restos humanos e de animais fossilizados, oriundos do período quaternário. A Gruta do Maquiné tem sete salões explorados, com 650 metros de extensão e profundidade de 18 metros. Suas galerias e salões são resultado do trabalho da água durante milênios. O principal elemento da formação da Maquiné é o carbonato de cálcio. Porém, a gruta também apresenta sinais de outros minerais: a sílica, gesso, quartzo e o ferro. Tais formações são associadas ao conteúdo ministrado nos cursos.

Já em Cordisbugo os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o Museu Casa Guimarães Rosa que foi criado em 1974 na casa onde o escritor nasceu e passou a infância. Lá encontrou-se o cenário de experiências que serviram de matéria-prima para a obra roseana. Espírito criativo, Guimarães Rosa era sensível e emotivo. A casa foi apresentada pelos alunos das escolas locais os chamados “Miguilins” Grupo de Contadores de Estórias que narra contos da obra de Guimarães Rosa. Os alunos ainda tiveram a oportunidade de conhecer a linha férrea, o portal Grande Sertão Veredas (obra essa onde o município de João Pinheiro é citado) e a casa do elefante.

A visita atingiu plenamente os seus objetivos, pois atendeu os pressupostos técnicos e didáticos da construção do conhecimento, além de proporcionar uma integração positiva entre os alunos, bem como a oportunidade única de conhecer um pouco do passado de nosso planeta, e de nossa história mineira.

Segundo a aluna Gérsia do 6º período: “a viagem foi muito proveitosa e interessante, a FCJP têm nos proporcionado experiências únicas”.